Brasília, 18 de agosto de 2025
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Espetáculo inédito “A Tecelã das Noites” estreia no Distrito Federal

Foto Divulgação

Produção realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal pelo Grupo de Pesquisa Vocalidade & Cena baseia-se nos contos das “As Mil e Uma Noites” para discutir temas como o feminicídio

 

 

Após descobrir a traição de sua esposa, o rei Sharriar decide se casar com uma jovem diferente a cada noite e matá-la ao amanhecer. Sharrazad, a filha do vizir, oferece-se como noiva ao sultão e começa a contar histórias cativantes, interrompendo-as no momento crucial para despertar o interesse do rei e garantir sua sobrevivência. Os pesquisadores e artistas Sulian Vieira e César Lignelli valeram-se dos contos das “Mil e Uma Noites” para criar o espetáculo “A Tecelã das Noites”.

A produção inédita e realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal terá estreia em agosto na capital federal. Em cartaz no dia 25 de agosto, às 15h, e dia 26/08, às 10h45, no CED São Francisco de São Sebastião. Ainda, 2 de setembro, às 14h30, e 3 /09, às 9h, no CEF Zilda Arns – Del Lago II, no Itapoã. Também dia 4 e 5 de setembro, às 19h30, no CEF 3 do Paranoá. Gratuito. Não recomendado para menores de 14 anos.

“A Tecelã das Noites” é uma produção voltada para o público jovem e adulto que traz para a atualidade a questão do feminicídio e diferentes formas de violência contra as mulheres. Em cena, Vieira assume o papel de narradora e Lignelli cria uma narrativa musical paralela, a partir de diversas escalas asiáticas e sudoeste-asiáticas, que produzem atmosferas de tensão, leveza, festividade e humor.

“Nos valemos do conto “As Mil e Uma Noites” para debater o feminicídio. À luz da atualidade, Shárrazad pretendia interromper o feminicídio em massa que assolava uma cidade. A violência contra as mulheres mostra-se, assim, um tema milenar que vem sendo abordado através do tempo e de diversas culturas. O conto testemunha simbolicamente o extermínio de mulheres que é suspenso pela iniciativa pacífica, porém arriscada e transformadora de uma mulher”, destaca Sulian.

A artista dará voz à diversos personagens e suas perspectivas. “Na narrativa, propomos diversas camadas de identificação e distanciamento da narradora em relação às situações ou personagens. Quanto à atmosfera cênica, intimista e aconchegante, buscamos favorecer o estado de distensão para a escuta da narrativa, que engendra uma história dentro de outra história”, explica.

A peça coloca ainda em diálogo as tradições asiáticas – da Índia e China – e as do sudoeste asiático – Pérsia e Arábia, nas histórias d'”As Mil e Uma Noites”, pois a obra é um compêndio de narrativas gestadas nas tradições orais indiana, chinesa, persa e árabe, difundidas pelo comércio empreendido através das Rotas da Seda.

Segundo Sulian, o propósito é o de estimular jovens e adultos a refletirem sobre as estruturas sociais e culturais que estimulam os diversos tipos de violência contra mulheres, bem como sobre o potencial criativo humano como aliado num contexto de enfretamento a tais formas de violência.

“E nosso papel por meio do teatro é propiciar uma oportunidade estética que possa mobilizar sentimentos de empatia e um caminho para humanizar (desobjetificar) as mulheres nas relações de gênero”, conclui.

Serviço

Datas:

– 25 de agosto, às 15h

– 26 de agosto, às 10h45

Local:  CED São Francisco de São Sebastião

Datas: 2 de setembro, às 14h30

3/9, às 9h

Local: CEF Zilda Arns – Del Lago II, no Itapoã

Data: 4 e 5 de setembro, às 19h30

Local: CEF 3 do Paranoá

Gratuito

Não recomendado para menores de 14 anos

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